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Paloma Vidal  
Paloma Vidal, nascida em Buenos Aires em 1975, é escritora e ensina Teoria Literária na Universidade Federal de São Paulo. Publicou romances, peças, volumes de contos e de poesia, entre os quais Algum lugar (2009), Mar azul (2012), Três peças (2014), Dupla exposição (2016), Wyoming e Menini (2018). Seus livros mais recentes são os romances Pré-história (2020) e La banda oriental (2021). Em crítica literária publicou A história em seus restos: literatura e exílio no Cone Sul (2004), Escrever de fora: viagem e experiência na narrativa argentina contemporânea (2011) e Estar entre: ensaios de literaturas em trânsito (2019). É editora da revista Grumo (salagrumo.com) e tradutora de autores e autoras latino-americanos, como Clarice Lispector, Adolfo Bioy Casares, Margo Glantz, Tamara Kamenszain, Lina Meruane, Silviano Santiago e Sylvia Molloy.

Fábula: do verbo latino fari, “falar”, como a sugerir que a fabulação é extensão natural da fala e, assim, tão elementar, diversa e escapadiça quanto esta; donde também falatório, rumor, diz que diz, mas também enredo, trama completa do que se tem para contar (acta est fabula, diziam mais uma vez os latinos, para pôr fim a uma encenação teatral); “narração inventada e composta de sucessos que nem são verdadeiros, nem verossímeis, mas com curiosa novidade admiráveis”, define o padre Bluteau em seu Vocabulário português e latino; história para a infância, fora da medida da verdade, mas também história de deuses, heróis, gigantes, grei desmedida por definição; história sobre animais, para boi dormir, mas mesmo então todo cuidado é pouco, pois há sempre um lobo escondido (lupus in fabula) e, na verdade, “é de ti que trata a fábula”, como adverte Horácio; patranha, prodígio, patrimônio; conto de intenção moral, mentira deslavada ou quem sabe apenas “mentirada gentil do que me falta”, suspira Mário de Andrade em “Louvação da tarde”; início, como quer Valéry ao dizer, em diapasão bíblico, que “no início era a fábula”; ou destino, como quer Cortázar ao insinuar, no Jogo da amarelinha, que “tudo é escritura, quer dizer, fábula”; fábula dos poetas, das crianças, dos antigos, mas também dos filósofos, como sabe o Descartes do Discurso do método (“uma fábula”) ou o Descar­tes do retrato que lhe pinta J. b. Weenix em 1647, segurando um calhamaço onde se entrelê um espantoso Mundus est fabula; ficção, não ficção e assim infinitamente; prosa, poesia, pensamento.

Projeto editorial de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro

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Figurações
ensaios críticos

Sylvia Molloy
Organização de Paloma Vidal

Tradução de Gênese Andrade
Posfácio de Adriana Kanzepolsky
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 
Uma das principais autoras hispano-americanas dos séculos XX e XXI, tanto como ensaísta como ficcionista, a argentina Sylvia Molloy (1938-2022) fez seu doutorado na Sorbonne, lecionou nas universidades de Princeton e Yale, e tornou-se professora emérita de escrita criativa na Universidade de Nova York. Figurações, organizado por Paloma Vidal, reúne treze de seus principais ensaios, que versam sobre questões de gênero, sobre o lugar da crítica, sobre as relações entre autobiografia e ficção, sobre os “pais fundadores” da literatura latino-americana Domingo Sarmiento, José Martí e Rubén Darío, sobre a tradição das mulheres nas letras, de Teresa de la Parra e Victoria Ocampo a Alejandra Pizarnik, e sobre a obra inesgotável e inspiradora de Jorge Luis Borges.
R$ 75,00
 
Desarticulações, seguido de Vária imaginação

Sylvia Molloy

Tradução de Paloma Vidal
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 
Figura central da crítica hispano-americana nas últimas décadas, a argentina Sylvia Molloy (1938-2022) foi também uma escritora inquieta e original. Radicada na França e depois nos Estados Unidos, o tema do deslocamento, de gênero e perspectiva, é central em sua obra. Nestes que foram seus dois últimos trabalhos de ficção, Desarticulações e Vária imaginação, ela criou uma forma literária breve e singularíssima, capaz de pôr em curto-circuito os territórios do factual e do ficcional, da autobiografia e da invenção. Se no primeiro as memórias são disparadas por uma doença fatal que acomete uma antiga companheira, no segundo fragmentos rememorados vão compondo um sintético romance de formação feminina na Argentina dos anos de guerra e pós-guerra.
R$ 54,00

 
     
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